Na verdade, é a segunda maior taxa da série histórica pesquisada pelo Procon, que vem registrando mensalmente as variações dos juros bancários desde janeiro de 1995. Agora em outubro, segundo o levantamento, os juros do cheque especial atingiram a
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Os 12,28% ao mês significam 301,33% ao ano. Na prática, isso quer dizer que, quando o consumidor utiliza R$ 1.000 no cheque especial e deixa rolar a dívida por 12 meses, no final ele terá uma dívida de R$ 4.013,30 (R$ 1.000 são relativos ao dinheiro que ele emprestou e os R$ 3.013,30 restantes são juros cobrados pelo banco).
Das sete instituições financeiras que fazem parte da amostra, cinco delas elevaram a taxa do cheque especial. O Banco do Brasil alterou de 11,38% para 11,80% a.m., o Bradesco subiu de 11,64% para 11,92% a.m., a Caixa Econômica Federal passou de 10,35% para 11,38% a.m., o Itaú alterou de 11,63% para 11,93% a.m. e o Santander de 14,24% para 14,84% a.m.
É importante lembrar que estes dados são taxas máximas pré-fixadas para clientes (pessoa física) não preferenciais, independente do canal de contratação, sendo que, para o cheque especial, foi considerado o período de 30 dias e para o empréstimo pessoal, o prazo de contrato é de 12 meses. Assim, o correntista pode estar pagando taxas um pouco diferentes destas taxas registradas pelo Procon, mas, via de regra, a variação de um mês para o outro é a mesma.
A maior taxa para operações com o cheque especial nestas condições ficou com o Santander, a 14,84% a.m., e a menor com o Safra (10,40% a.m.) seguido pela Caixa Econômica Federal, com 11,38% a.m.
Empréstimo pessoal
No empréstimo pessoal, a taxa média dos bancos pesquisados foi de 6,27% a.m., ligeiramente superior à do mês anterior que foi de 6,26% a.m. A taxa de outubro representa, ao ano, 107,36%, ou seja, para cada R$ 1.000 tomados, ao final de 12 meses o correntista pagará R$ 2.073,60 (R$ 1.000 do dinheiro cque emprestou e outros R$ 1.073,60 de juros)
Nesta linha de crédito, a única alteração foi promovida pelo Bradesco, que elevou a taxa de empréstimo pessoal de 6,57% para 6,61% a.m.
No empréstimo pessoal, a menor taxa ficou com a Caixa (4,80% a.m.) e a maior com o Santander (7,99% a.m.).
Apesar de também serem salgadas, as taxas do empréstimo pessoal são bem menores que do cheque especial.
Renegociar as dívidas
O consumidor que estiver enroscado neste tipo de crédito precisa tomar medidas urgentes para não ver seu orçamento doméstico esmagado pela bola de neve dos juros bancários.
Neste caso, a melhor coisa a fazer é rever suas contas mensais, colocar tudo no papel e identificar o que dá para cortar. É preciso fazer um grande esforço, sem concessões a pequenos gostos, pois é por aí que normalmente escoa boa parte dos recursos disponíveis.
Com este levantamento, veja quanto de sua receita mensal é possível ser destinado ao pagamento das contas. Se for possível arrumar algum dinheiro emprestado com alguém da família para ir pagando mensalmente, melhor. Se não, o negócio é procurar o gerente do banco, apresentar sua situação e propor uma renegociação e parcelamento.
Ao mesmo tempo, é vital decretar o impedimento de novas dívidas. Os gastos passam a ser aqueles de fato necessários e super controlados.
Quando os juros estão muito salgados, o melhor é controlar as dívidas e deixar os gastos de molho.
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