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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Brasil Mais Produtivo vai ajudar pequenas indústrias


Pequenas e médias indústrias podem se inscrever para participar do programa Brasil Mais Produtivo, lançado ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior com objetivo de aumentar em pelo menos 20% a produtividade das empresas.

A iniciativa prevê o investimento em quatro setores prioritários: Alimentos e Bebidas,
A inscrição pode ser feita no site do Programa
Reprodução
Metalmecânico, Moveleiro e de Vestuário e Calçados.

A metodologia usada é a manufatura enxuta (lean manufacturing), baseada na redução dos sete tipos de desperdícios mais comuns no processo produtivo: superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos.

O programa visa trazer ganhos de eficiência em curto prazo para as pequenas e médias empresas participantes, atuando na dimensão microeconômica da política industrial. O programa é uma iniciativa que pode ser ampliada para que estas empresas encarem um desafio importante, que é melhorar o padrão médio de desempenho da indústria brasileira. 

São aptas a participar do programa indústrias manufatureiras de pequeno e médio porte, que tenham entre 11 e 200 empregados e, preferencialmente, estejam inseridas em Arranjos Produtivos Locais (APLs).

Como funciona



Até o final de 2017, 3 mil empresas serão atendidas em todo o Brasil por 400 consultores do Instituto Senai de Tecnologia e das unidades do Senai. Os consultores serão treinados para aplicação das ferramentas de manufatura enxuta, focada no processo produtivo, que prevê intervenções rápidas, de baixo custo, com foco no aumento da produtividade da indústria.

Aspectos que merecem destaque nesta iniciativa são a relação custo-benefício e a possibilidade concreta de aferição de resultados.

O atendimento completo tem duração de 120 horas e o investimento por empresa é de R$ 18 mil. O Brasil Mais Produtivo subsidia R$ 15 mil, por empresa, e cada uma delas entra com uma contrapartida de R$ 3 mil, que poderá ser paga com o Cartão BNDES.  

Em 2017, as empresas participantes do Brasil Mais Produtivo contarão com uma reserva de vagas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec MDIC) para atender às necessidades de qualificação profissional. Os consultores do programa serão responsáveis pela indicação da demanda por qualificação profissional da mão-de-obra.

Até maio deste ano, o programa será iniciado no Estado de São Paulo e em outros nove estados da Federação: Bahia, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A meta é implantar as ações do Brasil Mais Produtivo em todas as Unidades da Federação até o final do ano.

Empresas interessadas devem fazer a inscrição por meio de formulário a ser preenchido no site do programa.

Assista vídeo sobre o programa:



Resultados esperados



O programa prevê resultados positivos em três níveis diferentes.

Nas empresas, são esperados ganho de produtividade, redução média nos custos de produção e aumento médio na capacidade produtiva.

Regionalmente, deve ocorrer impacto na produtividade e competitividade do APL, com fortalecimento da economia local e regional.

Também devem ocorrer benefícios setorialmente, com ganhos de competitividade, impacto direto nos setores e nos APLs, construção de ambiente favorável para novos programas e metodologias para produtividade.

A primeira fase do Brasil Mais Produtivo, que vai de abril de 2016 a maio de 2017, terá orçamento de R$ 50 milhões, dos quais R$ 25 milhões foram aportados pelo Sistema MDIC e os outros R$ 25 milhões pelo Senai.

APLs



Os Arranjos Produtivos Locais (APLs) são agrupamentos de empresas que têm objetivo de melhorar o desempenho produtivo. O programa vai aproveitar a capilaridade, a sinergia e os ganhos de competitividade e de escala que os APLs já dão às empresas para aumentar o resultado esperado setorial e localmente.

Os APLs apresentam ainda vantagens como a facilidade em organizar treinamento e capacitação de mão de obra, além de redução nos custos do programa e aumento tanto da visibilidade quanto do monitoramento dos resultados das ações empreendidas.

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