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O tucano é um dos responsáveis pela dispersão de sementes na floresta
Observatore
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Os pesquisadores notaram que em locais onde os tucanos
haviam sido extintos há mais de 50 anos pela caça ou desmatamento, as palmeiras
juçaras produziam frutos pequenos, enquanto em florestas conservadas, ainda com
as aves, as palmeiras possuíam frutos de tamanhos mais variados, pequenos e
grandes.
“Como consequência da redução da cobertura florestal e da
caça, perdemos dispersores de sementes de maior porte, sejam eles aves ou
mamíferos, por serem mais sensíveis à degradação e também mais caçados pelo
homem”, comenta o professor Pedro Brancalion, da Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, que integrou a equipe da
pesquisa, liderada por Mauro Galetti, da Universidade Estadual Paulista
(Unesp), em Rio Claro. O resultado do trabalho foi publicado na última edição
de maio da revista Science.
Se os grandes dispersores somem das matas, sobram as aves
e animais de menor porte, que não conseguem dispersar plantas com sementes
grandes. “Na falta desses animais, as sementes das plantas que dependem de
animais dispersores se concentram próximas à planta mãe, prejudicando a
regeneração da espécie”.
O palmito juçara é bem conhecido por produzir o palmito,
muito consumido na culinária brasileira e por isso hoje ameaçado de extinção.
Na Mata Atlântica, o juçara é uma importante fonte alimentar para mais de 50
espécies de aves, como papagaios, sabiás, jacús, arapongas e tucanos.
“Muitas aves grandes que consomem frutos são caçadas ou
não sobrevivem ao desmatamento e a redução da floresta” relata Mauro Galetti.
(com informações da Agência USP)
(com informações da Agência USP)
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