40% do valor final da bicicleta produzida no Brasil é para pagar impostos
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
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As informações são Associação Brasileira da Indústria,
Comércio, Importação e Exportação de Bicicletas, Peças e Acessórios (Abradibi).
Enquanto em países como Estados Unidos e Colômbia a carga de impostos sobre a
bicicleta é zero, no Brasil ela equivale a 40% do valor final do produto. “A
bicicleta brasileira é a mais tributada do mundo”, comenta o presidente da
entidade, Tarciano Araújo.
Alta carga tributária e restrição à importação de peças
elevam o preço do produto oferecido ao usuário local. De acordo com a Abradibi,
a produção brasileira depende de peças vindas principalmente da China e Índia.
Hoje, as alíquotas de importação de importantes componentes das bicicletas,
como pneus e câmaras gira em torno de 25 e 35%, o que encarece o produto final
e dificulta a intenção de promover a expansão do uso da bicicleta como modo de
transporte.
“O excesso de impostos e o recente movimento do governo
federal para restringir a importação de peças impedem o setor de crescer. Se
não houver mudança nesse quadro, as montadoras brasileiras não vão se
beneficiar da demanda por novas bicicletas”, avalia o presidente da Abradibi.
“Com uma política competitiva de tributos, poderíamos até nos posicionar como polo exportador de bicicletas”, avalia Araújo. Hoje, a exportação brasileira é bastante tímida, diante do desempenho do mercado chinês, que exporta cerca de 60 milhões de bicicletas/ano (80% das exportações mundiais).
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