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Segundo o professor de economia da Universidade de
Brasília (UnB), Newton Marques, é preciso cautela antes de pegar o empréstimo.
Para ele, a antecipação só vale a pena para quitar dívidas com juros muito
altos, como as de cartão de crédito ou cheque especial. O especialista lembra
que a restituição é corrigida pela taxa básica de juros, a Selic, que está em
7,5% ao ano.
“Cada pessoa tem de avaliar sua situação financeira. A
atualização pela Selic é o melhor negócio do mundo, nenhuma outra aplicação
rende esse valor. Por isso é preciso avaliar com calma. Não se deve pegar o
empréstimo para fazer outras dívidas, mas sim para quitar dívidas com juros
mais altos”, aconselhou.
Além disso, é importante lembrar que há sempre o risco da
Declaração cair na malha fina antes da restituição ser liberada pela Receita
Federal. Daí, o contribuinte pode ter de tirar o bolso o pagamento do
empréstimo ao banco ou ainda arcar com outros custos.
A Receita libera o dinheiro em sete lotes consecutivos,
entre junho e dezembro.
Pelo menos dois bancos já estão antecipando as
restituições. Um deles é o Banco do
Brasil, as condições do empréstimo variam de acordo com o perfil do cliente. Os
juros cobrados são, no mínimo, 1,59% ao mês. Os clientes podem antecipar até
100% do valor do crédito a ser restituído, limitado a R$ 20 mil. Segundo a
instituição financeira, em 2012, o desembolso nas linhas de antecipação de IRPF
foi R$ 426 milhões. Para este ano, a expectativa é que esse tipo de empréstimo
chegue a R$ 500 milhões.
Na Caixa Econômica Federal, o empréstimo pode variar de
R$ 610 a R$ 20 mil, com juros de 1,88% ao mês. Para clientes que têm
conta-salário, o valor máximo de antecipação pode chegar a R$ 30 mil, a juros
de 1,57% ao mês. A expectativa da instituição financeira é que, em 2013, cerca
de R$ 80 milhões sejam emprestados com garantia na antecipação.
(com informações da Agência
Brasil)
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