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As regras adotadas no ano passado beneficiam o rendimento da poupança
Marc Garrido i Puig/sxc.com
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A primeira é provocar elevação dos juros nas operações de crédito no
varejo, pressionando as taxas praticadas no cheque especial, empréstimo pessoal,
capital de giro e outras modalidades de crédito.
Na outra ponta, sai ganhando quem aplica em poupança, que agora deve
passar a remunerar acima da inflação. Isso ocorre porque a fórmula adotada para
corrigir as cadernetas, em vigor desde 2012, atrelou essa remuneração aos juros
básicos.
Com a elevação da Selic, o rendimento da poupança passou de 5,6% para
mais de 6% ao ano, acima da inflação estimada para 2013. De acordo com o
boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda
semana pelo Banco Central, a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) deverá fechar o ano em 5,81%. No Relatório de Inflação,
divulgado no fim de junho, o próprio Banco Central elevou de 5,7% para 6% a
projeção para o IPCA em 2013. Nos dois casos, a poupança renderá mais que o
índice de preços.
“O cálculo considera não apenas os juros básicos, mas também a taxa
referencial (TR), que volta a incidir sobre os rendimentos quando a taxa Selic fica
maior que 8% ao ano. A TR é variável e depende das expectativas do mercado,
mas, segundo cálculos da própria equipe econômica, o rendimento final poderia
ficar em até 6,17% ao ano. Sem a TR, o rendimento final da poupança
corresponderia a 5,95% por ano”, explica a Agência Brasil.
Pela regra atual, válida para depósitos realizados a partir de 4/5/2012,
quando a taxa Selic é superior a 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês
(6,17% ao ano) mais a TR. Quando os juros básicos da economia estão iguais ou
inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR.
Para os depósitos anteriores, o rendimento segue a regra antiga, de 0,5%
ao mês mais a TR.
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