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terça-feira, 17 de setembro de 2013

'Paulistinha' vai substituir ratos em laboratório

O peixe “paulistinha” (Brachydanio rerio), muito conhecido por quem curte aquários, pode substituir os ratos de laboratórios em pesquisas. A proposta, em andamento no Instituto Butantan, também implica na redução dos custos das pesquisas.

O peixe paulistinha será utilizado como cobaia em pesquisas científicas
Wikimedia/commons
Pelo novo modelo, o paulistinha será utilizado para substituir ou, em outros casos, complementar os estudos hoje realizados em ratos e camundongos.

Também conhecido como “zebrafish”, o peixe poderá ser utilizado em pesquisas científicas em diferentes áreas, como psicologia, regeneração de tecidos, tumores, manipulação genética, toxicológicos e agentes terapêuticos.

O peixe foi escolhido por ser um animal de pequeno porte e apresentar alta taxa reprodutiva, semelhantes ao dos mamíferos. Além disso, apresenta características importantes para o desenvolvimento das pesquisas, como possuir embriões transparentes, ter prole numerosa (produção média de 70 a 100 ovos por dia) e se desenvolver rapidamente. Em um período de 48 a 72 horas, o ovo evolui para larva e se torna adulto aos três meses de vida, no máximo.

O Instituto Butantan, maior centro de pesquisas biomédicas da América Latina, instalado na capital paulista, desenvolveu o projeto inovador para substituir os ratos pelos peixes. A implantação do modelo inovador está em fase avançada. O local já possui um laboratório com estrutura necessária para o funcionamento do criadouro, com capacidade atual para 1,5 mil peixes.“

O projeto é um grande avanço para a ciência. Além de ser bastante funcional, contribui drasticamente para a redução dos custos das pesquisas e armazenamento dos animais”, explica Mônica Lopes Ferreira, pesquisadora responsável pelo criadouro do Butantan.

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