O grau de endividamento do brasileiro atinge 45% de seus rendimentos
John Gardiner/sxc.com
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O número refere-se à comparação entre as dívidas das
famílias com o Sistema Financeiro Nacional e os rendimentos acumulados nos
últimos 12 meses.
Há oito anos, esse percentual correspondia a apenas
18,39%, mas subiu gradualmente até ultrapassar 40% em março de 2011. Mesmo com
esse salto, os brasileiros ainda usam pouco o crédito na comparação com as
economias avançadas.
Segundo o BC, as famílias brasileiras comprometem, em
média, 21,4% da renda mensal com prestações. Desse total, 12,74% referem-se a
juros e somente 8,66% dizem respeito à amortizações, pagamento do principal da
dívida que reduz o saldo devedor.
Outros países
Apesar de ter atingido níveis recordes, o endividamento
das famílias brasileiras é baixo em relação a outros países, onde a população
deve mais do que a própria renda.
Nos Estados Unidos, de acordo com o órgão responsável
pelo censo, o endividamento médio das famílias equivale a 101,7% dos
rendimentos.
Na Europa, as dívidas superam 100% da renda na Estônia,
na Espanha, na França, em Portugal, na Finlândia, na Suécia e no Reino Unido,
conforme o Eurostat – órgão oficial de estatísticas da União Europeia. Na
Dinamarca, na Irlanda, no Chipre, na Holanda e na Noruega, a proporção supera
200%.
De acordo com o economista Fabio Gallo, especialista em
crédito da Fundação Getulio Vargas, o que impede o endividamento dos
brasileiros de atingir os níveis dos países desenvolvidos são os juros altos,
que se refletem no alto valor das prestações. “A grande diferença do Brasil em
relação aos países avançados nessa questão não está somente no nível de
endividamento, mas no serviço da dívida, que é muito mais alto no Brasil do que
em outros países”, explica.
(com informações da Agência Brasil)
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