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Mas o aperto monetário ainda não terminou: de acordo com
expectativas dos analistas financeiros, a Selic deve aumentar ainda mais nas
próximas reuniões do Copom, no fim de novembro e em meados de janeiro de 2014,
apesar do abrandamento da inflação nos últimos três meses. Os analistas
acreditam que a taxa básica de juros terminará o ano em 9,75% ou 10%.
Este foi o quinto aumento seguido desde abril, dos quais
quatro com variação de 0,5 ponto percentual, em linha com as expectativas dos
analistas financeiros, como mostra o boletim Focus divulgado na última
segunda-feira pelo BC.
A ata da última reunião do Copom (dias 27 e 28 de agosto) já manifestava a tendência de a autoridade monetária manter o processo de alta da Selic. Desta vez, o colegiado de diretores do BC reafirmou a disposição de dar continuidade à elevação da taxa de juros para conter a demanda doméstica por compras e impedir o avanço da inflação, que acumula 5,86% nos últimos 12 meses.
Ao final da sétima reunião do ano, o Copom divulgou que
“a decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa
tendência persista no próximo ano”. A decisão do Copom foi por unanimidade e
sem viés (não pode mudar até a próxima reunião do comitê, marcada para 26 e 27
de novembro).
De acordo com números do Tesouro Nacional, referentes a
agosto deste ano, 22,6% da dívida mobiliária federal estavam atrelados à Selic.
Com base nesse dado, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos calcula que cada subida de 0,5 ponto percentual na Selic
equivale a acréscimo aproximado de R$ 3 bilhões/ano na dívida pública,
transferidos em grande parte para os bancos, que são os maiores credores do
Estado.
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