O médico ginecologista Nucelio Lemos trouxe a técnica para o Brasil
Reprodução/Facebook
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Feita por laparoscopia e implantação de neuroestimuladores, a técnica aplicada desde 2012 por uma equipe multidisciplinar do Hospital São Paulo, da Unifesp, beneficiou quatro pacientes no processo de reabilitação.
A cirurgia consiste em implantar um neuroestimulador na
região abdominal que vai se ligar, por meio de eletrodos, aos nervos femorais,
que controlam o músculo quadríceps da coxa; aos nervos ciáticos, que controlam
os pés e o quadril, e ao nervo pudendo, responsável pelo controle da urina e
das fezes.
O neuroestimulador é implantado na região abdominal
Divulgação
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O ginecologista Nucelio Lemos, que trouxe a técnica para
o Brasil, explica que a neuroestimulação dos nervos existe desde a década de
1980. A novidade é o local de implante dos eletrodos. “Em vez de colocá-los na
coluna, implantamos os eletrodos após a formação dos nervos, possibilitando
respostas mais específicas aos estímulos elétricos”.
Apenas quatro países (Suíça, Áustria, Alemanha e França)
têm profissionais habilitados a fazer o procedimento. De acordo com Lemos,
pouco mais de 100 pessoas foram operadas no mundo. Algumas delas, inclusive,
voltaram a andar com a ajuda de muletas.
O sucesso da neuropelveologia, como a especialidade foi
nomeada, depende da gravidade e do tempo da lesão. “Quanto mais precoce, maior
o ganho”, explicou.
A especialidade foi desenvolvida a partir de 2003 pelo
médico francês Marc Possover, radicado na Suíça.
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