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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Brasil desenvolve míssil com sistema inovador

A empresa Opto Eletrônica , uma spin-off do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, participou do desenvolvimento do novo míssil A-Darter, que foi testado acoplado ao avião de caça Gripen, da Força Aérea da África do Sul, no início deste ano.

Concepção artística do lançamento de um míssil A-Darter
O A-Darter foi lançado de um caça Gripen sul-africano (concepção artística)
Reprodução
A fabricação do sistema — ou seeker — de quinta geração, é um projeto binacional entre o Brasil e a África do Sul que, além da Opto Eletrônica, envolve a Força Aérea Brasileira (FAB), as empresas nacionais Mectron, Avibras, e a estatal sul-africana Denel Dynamics.

A maior parte dos mísseis detecta a aeronave — ou alvo — através do calor da turbina, contudo, existem diversas táticas capazes de despistar esses mísseis, como, por exemplo, a liberação de bolas de fogo, chamadas de contramedidas.
 
A fim de impedir esse tipo de situação, a Opto Eletrônica desenvolveu um inovador sistema de guiagem que, ao contrário dos demais modelos fabricados, detecta duas faixas de calor, captando a emissão de gazes da turbina do alvo, o que possibilita, por exemplo, que o míssil não caia nas armadilhas das citadas bolas de fogo, uma vez que essa estratégia não emite os mesmos gazes que saem da turbina do avião.

O professor Jarbas Caiado Neto, professor do IFSC e um dos fundadores da Opto Eletrônica, explica que a tecnologia do sensor também permite que o seeker reconheça uma aeronave por meio de imagem, independente do ângulo em que esse alvo esteja.

Além disso, outra vantagem do sensor é a sua capacidade de guiar o míssil em ângulo de até 90 graus — as curvas realizadas pelos mísseis comumente utilizados se limitam a 20 ou 30 graus.

O desenvolvimento do A-Darter, segundo o professor, está quase finalizado. Com isso, em breve, o míssil deverá ser produzido e fornecido pelas empresas Mectron e Avibras.

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