O sistema usa áreas ativas do cérebro para transformá-las em comandos Fotos: José Cruz/ABr |
A tecnologia exige concentração por parte do usuário,
pois funciona a partir de áreas de seu cérebro que estão ativas, segundo o professor de ciência da computação do Centro
Universitário do Estado do Pará (Cesupa), Eugênio Pessoa, supervisor da
criação.
A proposta do projeto nacional é de que seu custo seja de R$ 3 mil |
“Com o conhecimento do uso de redes neurais, conseguimos
detectar áreas do cérebro que estão atuando”, explica ele. “A onda cerebral
captada é lida pelo sensor e comparada, com um padrão previamente
estabelecidos. A partir daí basta treinar, relembrar o pensamento e se concentrar
para movimentar a cadeira de rodas.”
Os comandos cerebrais são enviados por uma rede de
transmissão sem fio de volta para a cadeira, que, então se move. De acordo com
Pessoa, a cadeira de rodas com a nova tecnologia facilitará a locomoção de
paraplégicos com pouca mobilidade nos braços e também de tetraplégicos. Para
usar a cadeira é necessário um treinamento dos comandos cerebrais, que dura em
média 20 minutos.
O equipamento foi projetado para custar até R$ 3 mil. No
mercado, o preço de cadeiras de rodas mecanizadas variam de R$ 7 mil a R$ 15
mil.
Próximos passos
O projeto ainda não está todo pronto. “Ainda precisamos de um sensoriamento de ambientação, que verifique os obstáculos como escadas, desnível de piso, batente alto”, explica Felipe Cintra, um dos criadores do sistema. “Também temos de melhorar aspectos como conforto, acabamento e segurança.”
A ideia da cadeira de rodas automatizada partiu de um projeto de conclusão de curso e da vontade de dois alunos em aplicar a tecnologia no cotidiano dos cidadãos.
“Pensamos no lado social da ciência da computação. A
pessoa, com a cadeira, não dependerá de alguém para empurrar. É um tipo de
controle [pela força do pensamento] que não existe em escala comercial em
nenhum lugar do mundo”, diz Cintra.
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