A lagarta Helicoverpa armigera ataca em várias regiões do País
Emater/Divulgação
|
Segundo a pesquisadora Elisângela Fidelis, da Embrapa
Roraima, detecção da lagarta nas lavouras deve ser feita por meio de
monitoramento frequente e uma vez detectada os produtores devem adotar o manejo
integrado com uso conjunto de técnicas, como controle químico, com rotação de
produtos, controle biológico com uso de baculovírus, Bacillus thuringiensis e o
parasitoide de ovos Trichogramma.
“Essa lagarta é muito generalista. Ela ataca várias
espécies de interesse econômico, como soja, algodão, feijão, milho e tomate.
Além disso, tem elevada capacidade de reprodução e sobrevivência; potencial de
desenvolvimento de resistência a inseticidas; alta capacidade de dispersão dos
indivíduos voadores (mariposas) e de adaptação a diferentes ambientes, climas e
sistemas de cultivo, por isso é tão perigosa”, diz Elisângela.
As mariposas da H. armigera garantem alta capacidade de dispersão
Dumi/Wikimedia
|
A pesquisadora recomenda ainda que os agricultores que
ainda não tiveram as lavouras atacadas que façam o acompanhamento e o
monitoramento das plantações, buscando informações e mantendo contato com a
Embrapa.
A Helicoverpa armigera é uma lagarta com alto poder de
destruição e de dispersão, atacando mais de uma centena de diferentes espécies
de plantas, incluindo culturas agrícolas de interesse comercial como soja,
milho, algodão, feijão e tomate.
É considerada uma praga exótica regulamentada como
quarentenária ausente. Pragas deste tipo, além de não presentes no país, são
consideradas de alto risco como potenciais causadoras de danos econômicos.
Ainda não se sabe como a H. armigera chegou ao Brasil.
O foco das pesquisas da Embrapa tem sido na identificação
da praga a partir de análises morfológicas e de DNA (já realizada) e na
proposição de medidas de controle e práticas de manejo eficientes. Um grupo de
pesquisadores da empresa já está elaborando um arranjo para realização de
pesquisas com esta praga.
Em abril deste ano, uma equipe de 30 entomologistas da
Embrapa reuniu-se com representantes de produtores e instituições ligadas ao
setor produtivo. Foi quando elaboraram o documento “Ações Emergenciais
propostas pela Embrapa para o manejo integrado de Helicoverpa spp”. entregue ao
Mapa (clique
aqui para acessar o documento).
Nenhum comentário:
Postar um comentário