Com a Selic acima de 8,5%, a caderneta volta a ter
remuneração pela regra antiga, que equivale à correção de 0,5% ao mês (6,17% ao
ano) mais Taxa Referencial (TR). Essa fórmula é um pouco melhor que a atual, que
passou a vigorar em maio de 2012 e pela qual o rendimento fica em 70% da Selic
mais TR sempre que a taxa básica de juros for igual ou menor que 8,5%.
A decisão de elevar a Selic foi do Comitê de Política
Monetária (Copom), que esteve reunido terça e quarta-feiras para avaliar o
desempenho das variáveis econômicas, internas e externas, com foco nas pressões
inflacionárias.
Em nota, o Copom afirma que "avalia que essa decisão
contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência
persista no próximo ano”. A decisão do comitê foi unânime.
Foi a quarta sessão seguida em que o Copom aumentou a
taxa Selic, depois de ela permanecer em 7,25% de outubro do ano passado a abril
deste ano, no menor patamar da série histórica dos juros. Em abril, o Copom
elevou a taxa para 7,50%, e promoveu mais duas calibragens de 0,5 ponto
percentual nas reuniões de maio e julho. Dosagem repetida agora, em linha com
as expectativas da maioria dos analistas financeiros, como mostra o boletim
Focus, divulgado pelo BC, na última segunda-feira.
As instituições financeiras, que servem de base para a
pesquisa semanal do BC sobre os principais indicadores da economia, estimam que
a Selic encerrará 2013 em 9,50% e deve permanecer durante o ano que vem.
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