Cartão de crédito tem juros médios de 192,94% ao ano |
Das seis linhas de crédito pesquisadas, cinco tiveram
correções e uma ficou estável. A maior alta ocorreu, justamente, na modalidade
em que as tomadas representam sempre o menor custo, a do Crédito Direto ao
Consumidor (CDC) obtido nos bancos e em financiamentos sobre a compra de
automóveis, com taxa fixada em 1,58% ou 3,27% acima do índice de junho.
Isso significa que, por ano, o consumidor vai pagar juros
de 20,70% ante 19,99%, registrado em junho. Essa taxa é a maior desde novembro
do ano passado quando o juros do CDC atingiram 1,64% ao mês e 21,56% ao ano.
Já
no caso do cartão de crédito, que tem os maiores juros, a taxa permaneceu a
mesma da registrada em junho com 9,37% ao mês e 192,94% ao ano. No comércio, o
índice subiu de 4,08% para 4,10%.
Se a opção foi recorrer ao empréstimo pessoal em
financeiras, o tomador encontrou na média juros de 6,99%, alta de 0,43% sobre
junho, que elevou a taxa ao ano para 124,97%. Essa taxa é mais alta desde
novembro de 2012, quando estava em 7,42% ao mês e 136,06% ao ano.
Essa mesma operação, nos bancos teve correção no mês de
3,08%, com alta de 1,32% e uma taxa ao ano de 43,91%. O empréstimo pessoal em
bancos também apresentou a taxa mais elevada desde novembro do ano passado,
época em que estava em 3,14% ao mês e 44,92% ao ano.
No uso do dinheiro do cheque especial, a segunda linha
mais cara entre as seis pesquisadas, houve aumento de 0,52% com a taxa passando
de 7,73% para 7,77% ao mês, e 145,46% ao ano. Neste caso, a taxa foi a maior
desde dezembro do ano passado quando alcançou 7,82% ao mês e 146,83% ao ano.
A taxa de juros média praticada no mercado no conjunto de
seis estados (São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa
Catarina e Paraná), além de Brasília, atingiu 4,10% ao mês e 61,96% ao ano. A
mais elevada foi encontrada no Paraná com índice de 4,18% no mês e de 63,46% e
a menor foi praticada em São Paulo com 3,94% no mês e 59% ao ano.
O diretor executivo de Estudos Econômicos da Anefac,
Miguel José Ribeiro de Oliveira, justificou por meio de nota que os aumentos
são reflexos da última alta da taxa básica de juros, a Selic, que subiu de 8%
para 8,5%, em 10 de julho passado.
(com informações da Agência Brasil)
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