“Lado a Lado – Prática Clínica e Sucesso Financeiro” é o tema do curso que será realizado dia 14 deste mês na Unorp, de Rio Preto, voltado a pessoas que gasta mais do que recebe, tem dificuldades de controlar seus impulsos na hora da compra e está negativo no banco.
Idealizado pelo Centro de Desenvolvimento Humano (CDH), o
minicurso será ministrado pela expert e facilitadora Valéria Meirelles, doutora
em finanças pela PUC, de São Paulo. Ela, que também é psicóloga e autora de
livros sobre o assunto, promete mudar esta situação com base nas orientações e
vivências que irá oferecer das 8 às 12 horas, no curso.
Quem já fez e garante que funciona é a psicóloga Vanilda
L. de Souza Tanios, do CDH, de Rio Preto, que reconhece o fato de ser um
excelente profissional não te faz um excelente administrador de finanças, em
especial na área de saúde. Ela mesma precisou da ajuda deste curso para melhor
organizar esta parte de seu consultório. "Hoje tudo melhorou. Na verdade,
nossas faculdades nos preparam para sermos ótimos profissionais, mas pouco ou
quase nada nos orientam a respeito da condução da nossa carreira no que tange a
parte que envolve questões com o
dinheiro”, diz.
Necessidade pessoal
A facilitadora Valéria Meirelles conta que seu trabalho é
resultado de sua própria necessidade pessoal. Ela lembra que há 15 anos, atuava
como psicoterapeuta e começou a perder clientes. Foi quando se deu conta de que
sabia pouco ou quase nada a respeito do funcionamento de um consultório. “Pior,
embora fosse profissional liberal, eu atuava no automático: estudava muito,
fazia supervisão, dava meu melhor aos clientes, mas não sabia nada de
administração financeira, muito menos de educação financeira”, admite.
Dois anos mais tarde, Valéria foi apresentada à
Psicologia Econômica, daí decidiu fazer o doutorado. “Iniciei em 2008, dentro
do Núcleo de Família e Comunidade da PUC-SP. Pesquisei como homens e mulheres
lidam com o dinheiro ao longo da vida adulta”, diz.
Agora, ela ensina o profissional autônomo a lidar com o
dinheiro. Para tanto foca na Psicologia do Dinheiro buscando entender a relação
que o profissional tem com suas finanças, tendo como ponto de partida sua
família. “A família é responsável pela socialização econômica do indivíduo, é
ela quem ensina conscientemente, ou não, os modelos que as pessoas usarão o
dinheiro ao longo da vida”, explica.
Compulsão e avareza
Tanto a compulsão quanto a avareza são patologias
financeiras, que devem ser cuidadas. O primeiro não controla impulso, o
segundo, preciso de segurança material e acumula bens de maneira nunca
suficiente.
“O avarento é o pão duro, mão de vaca, que se priva do
prazer imediato pra ficar contabilizando os bens ou o dinheiro que possui e se
sentir seguro. O gastador precisa de algo na hora e não possui capacidade de
espera ou de postergar desejo. Raramente faz controle de suas contas, usa
cheque especial e crédito consignado. Ambos estão fora do equilíbrio e mascaram
dificuldades afetivas imensas, disfarçadas pelo uso disfuncional do dinheiro”,
diz Valéria Meirelles.
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