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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Pesquisa constata propriedades do guaraná

O chá verde é amplamente consumido devido a uma série de benefícios de uma classe de compostos químicos presente em sua formulação: as catequinas, com ação antioxidante e propriedades anti-inflamatórias, entre outras. Pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) descobriram um concorrente à altura para a bebida, com pelo menos 10 vezes mais catequinas e velho conhecido dos brasileiros: o guaraná.

Ensaios clínicos com voluntários humanos saudáveis revelaram o guaraná como importante fonte de catequinas. Efetivamente absorvidas, elas reduzem o estresse oxidativo no organismo, relacionado ao surgimento de doenças neurodegenerativas e cardiovasculares, diabetes e câncer, inflamações e envelhecimento precoce em virtude da morte de células, entre outras condições prejudiciais à saúde e ao bem-estar. 

O guaraná contém catequinas, que reduzem o estresse oxidativo no organismo
AnitaFortis/Wikimedia/commons

Os ensaios foram feitos no âmbito da pesquisa Bioacessibilidade, biodisponibilidade e atividade antioxidante de compostos fenólicos do Guaraná (Paullinia cupana) in vitro e in vivo, realizada com apoio da Fapesp e coordenada pela pesquisadora Lina Yonekura.

Os testes duraram um mês e foram realizados em duas etapas. Para medir os parâmetros de referência dos efeitos do guaraná em voluntários saudáveis, mas com sobrepeso e risco cardiovascular ligeiramente elevado, os indivíduos foram submetidos a exames clínicos após 15 dias de dieta controlada. Nos 15 dias seguintes, passaram a consumir 3 g de guaraná em pó suspenso em 300 ml de água todas as manhãs, em jejum.

As comparações foram feitas entre os exames dos mesmos voluntários, evitando-se, assim, influências da variabilidade entre os indivíduos. O efeito agudo do guaraná foi medido uma hora após a ingestão da solução no primeiro e no último dia. Já o efeito prolongado foi avaliado quando os indivíduos estavam em jejum, também no primeiro e no último dia.

Os efeitos do consumo de guaraná ao longo dos 15 dias de intervenção foram observados por meio de marcadores do estresse oxidativo. Também foi feito um estudo detalhado da absorção e do metabolismo das catequinas, pois até o momento não havia informações na literatura científica sobre a biodisponibilidade desses compostos no guaraná.

Além disso, conta a pesquisadora, as catequinas do guaraná melhoraram o sistema de defesa antioxidante enzimático natural das células, composto principalmente pelas enzimas glutationa peroxidase, catalase e superóxido dismutase. Juntas, elas transformam superóxido em peróxido e, finalmente, em água, protegendo assim as células de danos oxidativos causados pelo próprio metabolismo e por fatores externos. Nos testes foi observado um aumento na atividade da glutationa peroxidase e da catalase logo após a ingestão de guaraná, mantido até o dia seguinte.

“Os resultados são animadores e mostram que a biodisponibilidade das catequinas do guaraná é igual ou superior às do chá verde, cacau e chocolate, sendo suficiente para promover efeitos positivos sobre a atividade antioxidante no plasma, proteger o DNA dos eritrócitos e reduzir a oxidação dos lipídeos no plasma, além de promover um aumento da atividade de enzimas antioxidantes. Com a pesquisa, esperamos que haja um maior interesse científico pelo guaraná, já que essa é uma espécie nativa da Amazônia e o Brasil é praticamente o único país a produzi-lo em escala comercial”, afirma a pesquisadora.

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