A alta da inflação e a facilidade de acesso têm atraído pequenos investidores para o Tesouro Direto, um programa que oferece títulos públicos a pessoas físicas pela internet.
Neste ano, a procura por este tipo de aplicação disparou e bateu recorde no mês passado, quanto as vendas de papéis por meio da modalidade somaram R$ 2,4 bilhões, o maior valor mensal da história. Só para se ter uma ideia de como está o interesse por este tipo de aplicação, no ano passado quando a média da capitação mensal de investimentos foi R$ 414,8 milhões.
A segurança da aplicação, com risco praticamente zero de calote, é um dos fatores que tornam este tipo de aplicação financeira tão atraente.
Outro fator que desperta o interesse por este programa está na alta da inflação, que em maio fechou a 0,74%, acumulando quase 9% em 12 meses (foram 8,47% no período). Com a inflação nestes níveis, as pessoas buscam formas de se proteger suas economias. Como a poupança, que é a aplicação mais tradicional para os pequenos investidores, está rendendo menos que a inflação, o Tesouro Direto virou uma opção viável e atrativa, mesmo cobrando Imposto de Renda e taxa de administração.
Atualmente, a remuneração dos depósitos de poupança é composta de duas parcelas:
I - a remuneração básica, dada pela Taxa Referencial - TR, e
II - a remuneração adicional, correspondente a 0,5% ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for superior a 8,5%.
A caderneta está fechando junho com o rendimento de 0,68% enquanto o IPCA 15 deste mês ficou em 0,99%.
Uma das variedades do programa, a tesouro Selic, tem remuneração baseada na Selic que há mais de 20 anos supera a inflação com boa margem.
Para participar do programa, o investidor deve procurar uma corretora ou o próprio banco onde tem conta. Os clientes podem comprar frações de títulos por apenas R$ 30.
Mas há algumas regras diferentes da caderneta. Ao contrário da poupança, que permite resgates imediatos, o aplicador precisa deixar o dinheiro rendendo até o vencimento para ter direito à taxa contratada, seja ela a Selic (juros básicos da economia), a inflação ou a prefixada (definida com antecedência, no momento da compra).
Geralmente, os papéis atrelados à Selic são indicados a quem pretende fazer uma aplicação de curto prazo, de um ano. Os títulos prefixados são recomendados a quem deseja aplicar no médio prazo, a partir de dois anos. Os papéis corrigidos pela inflação, que oferecem a reposição da inflação oficial e um rendimento adicional, destinam-se principalmente a quem quer aplicar no longo prazo, para garantir a aposentadoria ou pagar a faculdade dos filhos. Alguns papéis pagam juros, chamados de cupom, a cada seis meses aos investidores.
Outra diferença importante: ao contrário da poupança, isenta de Imposto de Renda, o Tesouro Direto é tributado conforme o prazo do investimento e tem a incidência de taxa de administração cobrada pelo banco ou pela corretora que faz a aplicação.
O Tesouro, no entanto, aconselha cada investidor a responder um questionário, no site do programa, para avaliar a melhor escolha caso a caso.
Para conhecer melhor o programa, a pessoa deve acessar o site do Tesouro Direto.
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